sexta-feira, 25 de julho de 2014

Passes magnéticos padronizados



São Paulo, 1975, o Comandante Edgard Armond (foto extraída de um vídeo gravado por Jacques Conchon) explica à um  jovem médico e pesquisador os principais movimentos dos passes magnéticos padronizados “Pasteur”. A instrução fazia parte da transposição dessa pesquisa de Armond para um módulo do Curso de Médiuns da Aliança Espírita Evangélica. 

Os passes padronizados foram criados na década de 1940 na Federação Espírita de São Paulo, quando Edgard Armond elaborou um plano de ampliação de atendimento e educação doutrinária em massa na Capital paulista. O projeto tinha como fundamento a Assistência Espiritual por meio de passes e encaminhamento dos atendidos para a Escola de Aprendizes do Evangelho, onde ocorria a preparação e seleção de futuros voluntários da casa.

Para atender o crescente e enorme público que acorria à sede da FEESP, era necessário padronizar e agilizar o atendimento por meio de um método prático, de  fácil entendimento e aplicação. Armond explicou que a ideia foi desenvolvida em conjunto com o grupo de espíritos que atuavam no campo de curas, sendo o Espírito Pasteur uns dos principais colaboradores com conhecimentos de higienização mental e magnetismo, daí nome dados aos passes em homenagem ao grande cientista francês.   Essa experiência, descrita no livro Passes e Radiações (Editora Aliança), provocou na época uma reação negativa entre alguns confrades inseguros e conservadores que, desconhecendo os mecanismos e processos desenvolvidos na pesquisa e na sistematização, lamentavelmente confundiam os mesmos com rituais e práticas exóticas. Mesmo assim, os passes padronizados foram aplicados com grande êxito e serviram como base da expansão dos centros espíritas da Aliança Espírita Evangélica nas décadas de 1970 e 1980.

Juntamente com os passes, a Aliança aplicava no Curso de Médiuns conhecimentos de psiquismo e cromoterapia (por mentalização). Atualmente este método, bem mais simplificado e eficiente, continua em funcionamento em dezenas de grupos da Aliança, no Brasil e no exterior, bem como na FEESP.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

O Espiritismo e a teoria da conspiração.


Gravemente se iludem e se equivocam aqueles que pensam que o Espiritismo terá o amplo reconhecimento da humanidade. Muitas outras verdades advindas  de outras fontes do conhecimento também amargam o ostracismo exatamente porque ainda são vistas como sérias ameaças aos sistemas dogmáticos, construídos ao longo dos séculos para satisfazer os interesses da carne e não do espírito.  Ora, por que o Espiritismo seria acolhido pelas religiões tradicionais ou pelas academias filosóficas e científicas cujos propósitos de existência e ação se baseiam exatamente naquilo que os Espíritos Superiores denunciaram como mentira e ilusão? Não sejamos ingênuos em pensar que aqueles que vivem de aparência e de coisas supérfluas se atirarão de peito aberto para os postulados do Espiritismo. Somente os que estão em crise existencial ou que sofreram os graves danos morais da existência ou ainda os que são movidos pela humildade e pela boa vontade, poderão acolher as ideias espíritas em sua significação maior. Também não é a novela, o livro, o cinema ou qualquer tipo de arte de popularização que vai promover o Espiritismo como fenômeno de sucesso e reconhecimento pelo qual tanto anseiam os mais afoitos e deslumbrados que frequentam as nossas lides. Ninguém gosta de ser doutrinado sem que antes haja uma necessidade íntima latente e que em determinadas circunstâncias rompe os preconceitos e obstáculos consequentes.  Os que combatem o Espiritismo pelos meios rasteiros e mesquinhos (fingindo ignorá-lo) são os mesmos que sabem da sua alta potencialidade transformadora e ainda assim persistem no jogo de interesses da matéria que asfixia as coisas do espírito. Os espíritas de verdade não devem se  iludir  com essas falácias e miragens da fama porque sabem realmente o que é o mundo das causas e o mundo dos efeitos. Não podemos comprometer a nossa doutrina cuja essência é a libertação mental com as coisas que aprisionam o espírito ao corpo e às concepções limitadoras. Sejamos atrevidos mas não olvidemos a discrição quando esta for necessária.