sábado, 28 de agosto de 2010

Temple Grandin contra o autismo

A atriz Claire Danes no papel da engenheira autista. Clique e assista a palestra de Temple Grandin

A HBO lançou em 2010 uma das suas melhores produções dos últimos anos. Trata-se da história de Temple Grandin, uma engenheira norte-americana que venceu a barreira do autismo para emplacar sua missão humanista de diminuir o sofrimento dos animais em abatedouros. O filme foi baseado em dois livros auto-biográficos, incluindo “Um estranha menina”, publicado pela Companhia das Letras.

Temple iniciou sua carreira de projetista ainda na infância ao criar uma “máquina de abraçar” que a fazia sentir-se protegida nos momentos de pânico. Seu principal obstáculo era transpor as portas, objeto que simbolizava as ameaças que estavam por vir. Dessas experiências surgiu o projeto que mudaria sua vida e também dos milhares de bovinos abatidos diariamente nos grande frigoríficos dos EUA. Ao mostrar seu plano de manejo humanitário (que deixa o gado calmo durante o abate) e como desenvolveu seu estudo, ela se dirigiu assim aos empresários da carne: “Num minuto o gado vira um bife, mas colocando a mão num deles pude sentir quanto medo eles sentem antes morrer e ao tocá-lo deixei-o tão calmo que ele se foi tranquilamente”. E depois de detalhar tecnicamente o percurso harmonioso do rebanho, incluindo um banho de imersão, Temple argumenta com a redução dos custos e a maior de todas as justificativas para que finalmente comprassem sua idéia: “É um ser e precisamos tratá-lo com respeito”.

O autismo é um dos últimos grandes enigmas a serem desvendados pela ciência psíquica, possuindo uma infinidade de manifestações e graus de dolorosa complexidade. Os dois autores espíritas que abordam o assunto (Suely Caldas Schubert e Hermínio C. Miranda) concordam que a raiz do problema está no forte sentimento de culpa e auto-punição de Espíritos que reencarnam após causarem gravíssimos danos aos outros ou si mesmos. Ao falar do comportamento gravemente introspectivo e de permanentemente fuga dos autistas, Chico Xavier cita o médium de prova como exemplo típico dessa doença da alma. Dizia ele, talvez lembrando dos próprios sofrimentos, que já na erraticidade, o futuro médium demonstra um enorme pavor de reencarnar. E quando aqui está, na carne, busca desesperadamente a fuga para o mundo espiritual, como se fosse o refúgio do útero materno. Tal qual um médium em constante risco de desequilíbrio, o autista deve ser alvo de uma vigília incansável de amor e dedicação.

Um amigo nosso nos confessou que o filho autista (hoje com 16 ou 18 anos de idade) provavelmente teve sua situação de prova desencadeada durante a gravidez inesperada da esposa, na época namorada. Os dois eram muitos jovens e sem nenhuma orientação acabaram optando pelo aborto, em duas tentativas frustradas. A prova da família continua em pleno andamento e bem-aventurança. A mãe desencarnou repentinamente há dois anos e o pai, depois de perder gradualmente a visão, hoje luta para aprender as primeiras lições de braile e poder continuar sua tarefa diária de educador.

Claire Danes e a verdadeira Temple Grandin


O AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA

O autismo na visão espírita
O trabalho específico de Hermínio C. Miranda (Editora Lachâtre) e a abordagem de Suely Caldas Schubert (Minas Editora) contendo depoimentos de Chico Xavier.

sábado, 14 de agosto de 2010

Estética espírita no cinema de Silvio Back


Cena mediúnica em O Contestado - Restos Mortais


O cineasta Silvio Back está retomando uma antiga prática para fazer as pedras falarem, um recurso nada ortodoxo para revelar a identidade dos personagens mortos da Guerra do Contestado (1912-1916). Ele utilizou 30 médiuns nas filmagens explorando livremente os transes para criar, segundo o crítico Luis Carlos Merten, uma “estética espírita” e recontar a tragédia ocorrida no início da República Velha. Back já havia abordado essa temática histórica num longa metragem chamado A Guerra dos Pelados(1971), mas sem a encenação de recursos mediúnicos.

Para Merten, o crítico do Estadão, essa é uma estética já incorporada (sem trocadilhos) e utilizada anteriormente pelo cineasta. Segundo ele, para fugir das narrativas óbvias quando o assunto é morte, Back "radicaliza" ao apelar para o espiritismo como linguagem e expressão cultural popular:

“Ele encena, por meio de sessões espíritas, a possessão mediúnica que dá voz às vítimas dos massacres do Contestado. Seu filme não deixa de se inscrever nesta vertente do espiritismo que parece tão forte no cinema brasileiro atual. Além de Chico Xavier e do inédito Nosso Lar, o tema está em O Último Romance de Balzac, de Geraldo Sarno, que também concorre em Gramado. O que representa essa estetização do espiritismo? Para alguns críticos, é um retrocesso, mas o espiritismo já vem de longe na obra de Back. Aparece em O Auto-retrato de Bakun*, por exemplo”.

E sobre as reações obviamente já esperadas por parte do público e de alguns especialistas em cinema , o crítico do Estadão explica esse comportamento:

“Uma nova representação do transe? O autor é mais inteligente do que os críticos medíocres, que fazem chacota de O Contestado por sua trágica incapacidade de entender que o realismo não é a única ferramenta, ou linguagem, para investigação da dor do mundo no cinema.

*Essa abordagem cinebiográfica do pintor paranaense Miguel Bakun, que suicidou-se em 1963 aos 54 anos, também é realizada através de sessões espíritas e da história oral. Nota do blog.

Os caboclos combatentes no Contestado: uma forma radical e tipicamente popular de dar voz as mortos.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ramatis segundo Emmanuel

Ilustrações de Emmanuel e Ramatis por Claudio Gianfardone


O caso de Ramatis tornou-se histórico e suas repercussões, pró e contra, criando uma significativa divisão de opiniões que perdura até hoje. É o caso mais conhecido de todos porque, sendo o mais acessível ao nível intelectual dos adeptos, foi o que mais influenciou o Movimento Espírita. Das 12 obras que esse Espírito publicou, através da mediunidade de Hercílio Maes, algumas causaram mais celeuma intelectual porque colocavam em evidência idéias polêmicas: o problema da fonte e da veracidade das informações, a controvérsia sobre acontecimentos biográficos de Jesus, a incompatibilidade doutrinária com as obras de Kardec e principalmente as previsões apocalípticas sobre o futuro da Humanidade terrena. J. Herculano Pires, em O Espírito e o Tempo , embora de maneira indireta, comparou os livros de Ramatis com a fase “nebulosa” das comunicações mediúnicas de Emmanuel Swedenborg:

“Poucos adeptos do Espiritismo, ainda hoje, apesar dos ensinos, das explicações e das advertências de Kardec a respeito, compreendem essa posição da doutrina. Por isso, muitos adeptos se deixam empolgar pelos restos da nebulosa que ainda procuram empanar o brilho da doutrina, através de comunicações mediúnicas de teor profético, muitas vezes tipicamente apocalíptico, que surgem a todo instante no movimento doutrinário. É natural o aparecimento constante e insistente dessas pretensas reformulações doutrinárias. Elas respondem à permanência, determinada pela lei de inércia, de mentes encarnadas e desencarnadas, no plano do pensamento mágico do passado. Essas mentes sintonizam no processo de comunicação mediúnica, repetindo inadequadamente, em nossa época, os processos ‘reveladores’ do horizonte profético”.

in Nova História do Espiritismo - Livro VII


A opinião de Emmanuel

"Logo que apareceram as primeiras publicações da "Conexão de Profecias" (Hoje com o título Mensagens do Astral), de Ramatis, fomos a Pedro Leopoldo, a fim de ouvir a palavra autorizada de Emmanuel, através daquele aparelho maravilhoso que é Francisco Cândido Xavier. Isto, porque o que era dito pelo espírito de Ramatis, parecia-nos perfeitamente lógico. Mas, como constituía novidade, não queríamos aceitar de pronto algo que não passasse pelo crivo de várias manifestações mediúnicas, através de diversos aparelhos. Desta forma, munidos do aparelho de gravação em fita, fomos atendidos gentilmente pelo médium, que respondeu às perguntas que fazíamos, repetindo as palavras da resposta, que eram ditadas por Emmanuel. A gravação foi feita no dia 5 de janeiro de 1954. Conservamos até hoje o rolo gravado em nosso poder.

Passamos a estampar as perguntas e respectivas respostas:


Pergunta: - Que pode o irmão dizer-nos a respeito do astro que se avizinha, segundo a predição de Ramatis?

Chico Xavier: - Esclarece nosso orientador espiritual que o assunto alusivo à aproximação de um Planeta ou de Planetas, da zona - ou melhor da aura da Terra - deve, naturalmente, basear-se em estudos científicos, que possam saciar a curiosidade construtiva das novas gerações renascentes no mundo. O problema, desse modo, envolve acurados exames, com a colaboração da ciência e da observação de nossos dias. Razão por que pede ele que não nos detenhamos na expressão física dos acontecimentos que se vizinham, para marcar maiores acontecimentos - acontecimentos esses de natureza espetacular - na transformação do plano em que estamos estagiando, no presente século. Afirma nosso amigo que o progresso da óptica e das ciências matemáticas, serão portadoras, naturalmente, de ilações, conclusões da mais alta importância para os nossos destinos, no futuro próximo.

Pergunta: - Pode Emmanuel dizer-nos algo a respeito da verticalização do eixo da Terra e das transformações que esta sofrerá, segundo Ramatis?

Chico Xavier: - Afirma nosso Orientador espiritual que não podemos esquecer que a Terra, em sua constituição física, propriamente considerada, possui os seus grandes períodos de atividade e de repouso. Cada período de atividade e cada período de repouso da matéria planetária, que hoje representa o alicerce de nossa morada temporária, pode ser calculado, cada um, em duzentos e sessenta mil (260.000) anos. Atravessando o período de repouso da matéria terrestre, a vida se reorganiza, enxameando de novo, nos vários departamentos do Planeta, representando, assim, novos caminhos para a evolução das almas. Assim sendo, os grandes instrutores da Humanidade, nos planos superiores, consideram que, desses 260.000 anos de atividade, 60 a 64 mil anos são empregados na reorganização dos pródomos da vida organizada. Logo em seguida, surge o desenvolvimento das grandes raças que, como grandes quadros, enfeixam assuntos e serviços, que dizem respeito à evolução do espírito domiciliado na Terra. Assim, depois desses 60 a 64 mil anos de reorganização de nossa Casa Planetária, temos sempre grandes transformações, de 28 em 28 mil anos. Depois do período dos 64 mil anos, tivemos duas raças na Terra, cujos traços se perderam, por causa de seu primitivismo. Logo em seguida, podemos considerar a grande raça Lemuriana, como portadora de urna inteligência algo mais avançada, detentora de valores mais altos, nos domínios do espírito. Após a raça Lemuriana - em seguida aos 28.000 anos de trabalho lemuriano propriamente considerado - chegamos ao grande período da raça Atlântida, era outros 28.000 anos de grandes trabalhos, no qual a inteligência do mundo se elevou de maneira considerável. Achamo-nos, agora, nos últimos períodos da grande raça Ariana. Podemos considerar essas raças, como grandes ciclos de serviços, em que somos chamados de mil modos diferentes, em cada ano de nossa permanência na crosta do planeta, ou fora dela, ao aperfeiçoamento espiritual, que é o objetivo de nossas lutas, de nossos problemas, de nossas grandes questões, na esfera de relações, uns para com os outros. Assim considerando, será mais significativo e mais acertado, para nós, venhamos a estudar a transformação atual da Terra sob um ponto de vida moral, para que o serviço espiritual, confiado às nossas mãos e aos nossos esforços, não se perca em considerações, que podem sofrer grandes alterações, grandes desvios; porque o serviço interpretativo da filosofia e da ciência está invariavelmente subordinado ao Pensamento Divino, cuja grandeza não podemos perscrutar. Cabe-nos, então, sentir, e, mais ainda, reconhecer, que os fenômenos da vida moderna e as modificações que nosso "habitat" terreal vem apresentando nos indicam a vizinhança de atividades renovadoras, de considerável extensão. Daí esse afluxo de revelações da vida extra-terrestre, incluindo sobre as cogitações dos homens; esses apelos reiterados, do mundo dos espíritos; essa manifestação ostensiva, daqueles que, supostamente mortos na Terra, são vivos na eternidade, companheiros dos homens em outras faixas vibratórias do campo em que a humanidade evolui. Toda essa eclosão de notícias, de mensagens, de avisos da vida espiritual, devem significar para o homem, domiciliado na Terra do presente século, a urgência do aproveitamento das lições de JESUS. Elas devera ser apreciadas em si mesmas, e examinadas igualmente no exemplo e no ensinamento de todos aqueles que, em variados setores culturais, políticos e filosóficos do globo - lhe traduzem a vontade divina, que na essência é sempre a nossa jornada para o Supremo Bem. Os termos da comunicação obtida em Curitiba (a "Conexão de Profecias", de Ramatis) são de admirável conteúdo para a nossa inteligência, de vez que, realmente, todos os fatos alusivos à evolução da Terra, e referentes a todos os eventos, que se relacionam com a nossa peregrinação para a vida mais alta, estão naturalmente planificados, por aqueles ministros de Nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, de acordo com Ele, estabelecem programas de ação para a coletividade planetária, de modo a facilitar-lhe os vôos para a divina ascensão. Embora, porém, esta mensagem, por isso mesmo, seja digna de nosso melhor apreço, contudo, na experiência de companheiro mais velho, recomenda-nos nosso Orientador Espiritual (Emmanuel) um interesse mais efetivo, para a fixação de valores morais em nossa personalidade terrena, de conformidade com os padrões estabelecidos no Evangelho de nosso Divino Mestre. Porque, para nossa inteligência, os fenômenos renovadores da existência que nos cercam têm qualquer coisa de sensacional, de surpreendente, nosso coração de inclinar-se, humilde, diante da Majestade do Senhor, que nos concede tantas oportunidades de trabalho, em nós mesmos, a revelação dos grandes acontecimentos porvindouros; novo soerguimento íntimo, novo modo de ser, a fim de que estejamos realmente habilitados a enfrentar valorosamente as lutas que se avizinham de nós, e preparados para desfrutar a Nova Era que, qual bonança depois da tempestade, facilitará nossos círculos evolutivos. Será, todavia, muito importante encarecer, que não devemos reclamar, do terceiro milênio, uma transformação absolutamente radical, nos processos que caracterizam, por enquanto, a nossa vida terrestre. O prazo de 47 anos é diminuto, para sanar os desequilíbrios morais, de tantos séculos, em que o nosso campo coletivo e individual adquiriu tantos débitos, diante da sabedoria e diante do amor, que incessantemente apelam para nossa alma, no sentido de nos levantarmos, para uma clima mais aprimorado da existência. Não podemos esquecer, que grandes imensidades territoriais, na América, na África e na Ásia, nos desafiam a capacidade de trabalho. Não podemos olvidar, também, que a Europa, superalfabetizada, se encontra num Karma de débitos clamorosos, à frente da Lei, em doloroso expectação, para o reajuste moral, que Ihe é necessário. Aqui mesmo, no Brasil, numa nação com capacidade de asilar novecentos (900) milhões de habitantes, em quatrocentos e alguns anos de evolução, mal estamos -os espíritos, encarnados na Terra em que temos a bênção de aprender ou recapitular a lição do Evangelho - mal estamos passando das faixas litorâneas. Serviços imensos esperam por nossas almas no futuro próximo. E, se é verdade que devemos aguardar, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, condições mais favoráveis para a estabilização da saúde humana, para o acesso mais fácil às fontes da ciência; se nos compete a obrigação de esperar o melhor para o dia de amanhã cabe-nos, igualmente, o dever de não olvidar que, junto desses direitos, responsabilidades constringentes contam conosco, para que o Mundo possa, efetivamente, atender ao programa Divino, através, não somente da superestrutura do pensamento científico - que é hoje um teto brilhante para os serviços de inteligência do mundo - mas também, através de nossos corações, chamados a plasmar uma vida, que seja realmente digna de ser vivida por aqueles que nos sucederão nos tempos duros; entre os quais, naturalmente, milhões de nós os reencarnados de agora, formaremos, de novo, como trabalhadores que voltam para o prosseguimento da tarefa de auto acrisolamento, para a ascensão sublime, que o Senhor nos reserva. Considerando, assim, a questão sob este prisma, cabe-nos contar com o concurso da ciência, no setor das observações de ordem material; com a evolução dos instrumentos de óptica; com o avanço dos processos de exame, na esfera da química planetária, na qual os mundos podem ser analisados, como átomos da amplidão de universos, que se sucedem uns aos outros, no infinito da Vida. Será lícito, então, esperar que certas afirmativas, referentes a vida material, se positivem satisfatoriamente, para mais altas concepções da mente planetária; de vez que, muito breve, o homem estará ligado à glória da religião cósmica, da Religião do Amor e da Sabedoria, que o cristianismo renascente, no Espiritismo de hoje, edificará para a Humanidade, ajustando-a ao concerto de bênçãos, que o grande porvir nos reserva.

Pergunta: - Foi, de fato, há 37.000 anos que submergiu a Atlântida?

Chico Xavier: - Diz nosso Amigo (Emmanuel) que o cálculo é, aproximadamente, certo, considerando-se que as últimas ilhas, que guardavam os remanescentes da civilização atlântida, submergiram, mais ou menos, 9 a 10 mil anos, antes da Grécia de Sócrates.

Pergunta: - Poderíamos ter alguns informes a respeito de Antúlio?

Chico Xavier: - Vejo, aqui, nosso diretor espiritual, Emmanuel, que nos diz que um estudo acerca da personalidade de Antúlio exigiria minudências relacionadas com a história, no espaço e no tempo, que, de imediato, não podemos realizar. De modo que, tão somente, pode afiançar-nos que se trata de uma entidade de elevada hierarquia, no plano espiritual; vamos dizer; um assessor, ou um daqueles assessores, que servem nos trabalhos de execução do plano divino, confiado ao Nosso Senhor Jesus Cristo, para a realização do progresso da Terra, em geral. Esclarece nosso amigo que Jesus Cristo, como governador de nosso mundo, no sistema solar, conta, naturalmente, com grandes instrutores, para a evolução física e para a evolução espiritual, na organização planetária. E, subordinados a esses ministros, para o progresso da matéria e do espirito, no plano que nós habitamos presentemente, conta Ele com uma assembléia de múltiplos instrutores, de variadas condições, que lhe obedecem as ordens e instruções, numa esfera, cuja elevação, de momento, escapa à nossa possibilidade de apreciação. Antúlio forma no quadro destes elevados servidores.

Pergunta: - Acha nosso irmão que a Mensagem de Ramatis deva ser divulgada com amplitude?

Chico Xavier: - Diz nosso Orientador que a Mensagem é de elevado teor... E todo trabalho organizado com o respeito, com o carinho e com a dignidade, dentro dos quais essa Mensagem se apresenta, merece a nossa mais ampla consideração, de vez que todos nós, em todos os setores, somos estudiosos, que devemos permutar as nossas experiências e as nossas conclusões para a assimilação do progresso, com mais facilidade em favor de nós mesmos."

Fonte: Revista Aliança para o Terceiro Milênio, Janeiro de 1954- Ano I – Nº 4 , Editada pela Legião da Boa Vontade. O Assunto também foi abordado no livro “Sala de Visitas de Chico Xavier”, de Eduardo Carvalho Monteiro.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A "Ghost Writer"

Segundo outra recente reportagem do Estadão, os livros de Zibia Gasparetto (12 milhões de exemplares vendidos) também estão servindo como fonte de inspiração para novos roteiros de cinema. Dois deles já estão sendo elaborados: "Ninguém É de Ninguém" e "Pelas Portas do Coração".


A escritora Zíbia Gasparetto foi entrevistada pela jornalista Flávia Tavares, do jornal O Estado de São Paulo. A entrevista, com o sugestivo título de “A Ghost Writer”, foi publicada na edição de domingo, dia 01 de agosto, mas não está disponível no portal do Estadão na internet.

Bem diferente das entrevistas publicadas por alguns órgãos de imprensa, com tratamento agressivo e irônico, nesta Zíbia teve finalmente a oportunidade de esclarecer o público sobre a sua postura e uso da mediunidade em suas atividades literárias. No longo texto introdutório a jornalista Flávia Tavares esclarece a posição dos espíritas sobre a finalidade e gratuidade das práticas mediúnicas e também expõe abertamente a posição da médium quanto às suas crenças e objetivos em relação à mediunidade.

A matéria também cita a FEESP – Federação Espírita do Estado de São Paulo como base da formação doutrinária de Zíbia e os motivos da sua ruptura com o movimento espírita. Sobre esse assunto, a médium declarou na entrevista: “Tenho muitos amigos na Federação e só não vou lá mais vezes porque não dá tempo. Mas já voltei a lançar livros lá.”

Zíbia Gasparetto e seu marido Aldo Luiz foram alunos da Escola de Aprendizes do Evangelho na década de 1950. Aldo cursou a 1ª Turma e Zíbia a 4ª Turma, ambas dirigidas por Edgard Armond. Segundo Edelso da Silva Júnior, no livro No Tempo do Comandante (Editora Radhu, página 242), Aldo e Zíbia Gasparetto, como alunos devidamente formados nessa escola iniciática, tornaram-se membros da FDJ-Fraternidade dos Discípulos de Jesus.